2 de fev. de 2015

Amor - além das pessoas

Hoje escutei Roberto Carlos e me lembrei de quanto eu amo o amor e amo amar. Loucura, eu sei, mas como diria Ique Carvalho, "nesse mundo, meu velho, quem fala com a razão, acha maluco quem escuta o coração". Loucura mesmo é odiar o amor.

O amor vai além de amar alguém. Amar é tudo - e para tudo. 

Amo acordar de manhã e ver o mais belo rosto ao meu lado, lhe dar um beijo e um abraço. Acordar e ver minha irmã, meus pais e minha cachorra. Aprendi com o companheirismo, a calma, o querer e com o amor que dar amor é a melhor forma de também receber.

Aprendi com confeiteiros e amadores que transformar ingredientes em outras comidas, desde um creme de cebola para rechear tomate cereja até um pudim de leite, é pura arte, é puro amor. É amar transformar, construir. Transbordo de felicidade quando faço uma comida - principalmente doces. Transbordo de felicidade ao comer frutas vermelhas. Transbordo de felicidade ao levar brownie para minha turma ou ao fazer um cheesecake de amora para meu amor. Transbordo por mim, por quem come e por nós.

Aprendi com a música que amar é deixar o corpo dançar no ritmo que quiser. É ouvir sertanejo, mpb, eletrônica, clássico, reggae, rock, pop... É ouvir tudo e ser tudo. Andar em todos - e qualquer - ritmos. É acordar ouvindo Thalles Cabral, passar o dia com Pink Floyd e dormir com Imagine Dragons. É desejar, no dia seguinte, ouvir Roberto Carlos, Never Shout Never e Aliados. É misturar tudo e, por isso mesmo, ser feliz de toda maneira. É ter uma música para cada momento e não se importar se o ritmo não for o mesmo.

Aprendi na faculdade a amar minha futura profissão. Amar procurar, pesquisar, escrever - e reescrever quantas vezes forem preciso. Amar fechar os olhos e raciocinar, ou então abrir os olhos e ler a tarde inteira. Amar beber cappuccino para aguentar ou comer pão de queijo para enganar o corpo. Amar ser organizada e organizar tudo mais ainda quando as novidades chegam. Amar usar quatro marca-texto de cores distintas para diferenciar seus objetivos, assim como na vida, em que preciso de um pouco de tudo - e de tudo.

Aprendi comigo mesma - e com minha irmã - a amar mais ainda os que têm deficiência auditiva. Mergulhar na vida e se arriscar a estruturar um trabalho de conclusão de curso com tal tema. Buscar e me matricular na aula de Linguagem Brasileira de Sinais. Assistir a uma série americana e aprender a Linguagem Americana de Sinais. Se orgulhar e se dedicar para que sejamos vistos como qualquer pessoa por aí, para que os preconceitos morram e a felicidade em compartilhar experiências e curiosidades sejam maiores. Já me perguntaram o que é aquilo em meu ouvido. Eu digo, explico e me orgulho, com amor. Amor a mim, a minha irmã e a todos nós.

Aprendi com meu namorado a ser compreensiva, a ter paciência, a aceitar e a dormir. Aprendi que tudo tem seu tempo no mundo - até nós, que após quase um ano e três meses tomamos coragem e nos falamos. Aprendi que amar é sorrir por ver o outro sorrir, é acordar depois das 8h e antes das 11h, é comer o dia todo e depois ir na academia, é fazer massagem só porque o outro quer, é acordar 1h mais cedo e preparar um café da manhã especial. Aprendi, com meu amor, que a vida é o próprio amor.

Aprendi, com todos citados, que amor é o causador da felicidade e da dor. Aprendi que o amor move as montanhas, as almas, o destino. 

Amor é o querer.
Amor é o ter.
Amor é retribuir sem questionar.
Amor é a vida.
Amor é tudo.


23 de jun. de 2013

Os dois lados

     Entrelinhas eu me perco. Eu observo, de longe, o que há entre as pessoas: seus sentimentos, olhares, agressões... E ai de mim se pudesse ler os pensamentos!
     Tanta loucura num mundo violento; tanta doçura num mundo insensível; tanta a dar a quem tem tudo; tanto a tirar a quem nada tem; tanto amor a quem amar não sabe; tanto sorriso a quem desperdiça dias.
     Tanta imaginação daqueles que, no auge da madrugada, com uma xícara de café, pautas jogadas e rabiscos de ideias inacabadas, se lembra de quem antes era e de quem está prestes a ser.
     Imaginação para quem é louco ou violento; doce ou sensível; para quem tem tudo ou nada tem; para quem tem amor ou não sabe o que isso é; para quem sorri ou se recua. Imaginação para quem quer que seja, pois não há nada melhor que imaginar.
     É como sonhar acordado. Um sonho que se sonha todos os dias. Um sonho que se almeja a cada esquina. Um sonho que se luta a cada amanhecer. Um sonho que se imagina a cada crepúsculo. Uma imaginação que tem tudo e não tem nada.

16 de nov. de 2012

A Lua cheia ainda brilha.


            Ah, se soubesse, o quão maravilhoso você é. Entre aventuras e riscos, no fundo uma saída me dizia ser você. Você. Faltam-me palavras, são tantos sentimentos... amor, amor, amor, amor, amor e mais amor. Um pouco de ciúmes, de angústia, de querer cuidar, de querer ser sua e você só meu. Um pouco de harmonia entre palavras, de carinho entre os beijos, de calor no amor... e de amor no calor.
            Não importa quanto tempo, um segundo, uma semana, um mês ou um ano. Tudo vai continuar assim, da maneira como você deixou ao partir. Aliás, porque partiu? Partiu por medo? Partiu por não me querer? Partiu por não ser mais você? Há tantos por quês que falta tinta para registrar. Entre tantos por quês que me fez também querer partir e que hoje te levou, um deles nos faz querer ficar. E esse devia ser o maior de todos. O amor.
            O amor vai muito além do que pensamos, além do que sentimos. Vai além do que queremos ser e do que sonhamos ter. E você começa a perceber a cada dia que lhe falta um pedaço, falta aquela que deixou partiu. Falta aquela pessoa que partiu para sempre. Para sempre? Nada é para sempre.
            Ainda há muitos anos pela frente para que dois olhos se cruzem numa rua qualquer e se reconheçam. Tempo de sobra para esperar a volta, para olhar a Lua e observar seus buracos, olhar as estrelas e ver seus brilhos, olhar para o lado e ver seu lugar. Mas temos tanto tempo a perder?
            Como diria Lenine, “a vida é tão rara”. E é. E mais do que a vida, é viver e amar. Eu poderia omitir o que sinto, deixar que o tempo trouxesse a cura da ferida incurável, mas não vale a pena. Melhor cair de cabeça e saber que não era para ter sido a esperar e  ter perdido. Em hipótese alguma minta para si, essa é a mais perigosa das mentiras.
               Afinal, “so take a look at me now, ‘cause has just an empty space and there’s nothing left here to remind me, just the memory of your face. (…) I wish I could just make you turn around, turn around to see me cry. There’s so much I need to say to you, so many reasons why you’re the only one who really knew me at all.” E, além disso, uma letra desta banda, Cluster, http://letras.mus.br/cluster/1106942/.
               Como diria também o Federico Moccia, “Uma casa grande demais para um amor talvez ainda muito pequeno. Ele com uma flor. Só uma, ele explica, assim ele é único e não está perdido em um maço onde se confunde”. Isso traduziria o quão único, o quão importante e especial você é. Um tanto quanto único para mim. “A cada dia você deve merecê-lo. E dizê-lo. Dizer a ele. E compreender pelas respostas que talvez seja necessário mudar”, mas mudar quem te conquistou um dia? Quem você amou? Mudar quem eu sou? Mudar cada detalhe em mim e não ser mais quem eu tenderia ser. E a mais pura verdade, “porque, quando alguém que você deseja se vai, você tenta mantê-lo com as mãos e espera assim prender também o seu coração.”
            Diria então o Bruno Atkinson, com suas belas palavras que por mim falam. “Eu preciso te encontrar. Dizer que preciso de você. Pois por muito tempo esperei um motivo que me fizesse escrever, enfim, sua canção. Esperei pra que meus versos soassem bem. Pra que minha voz pudesse te tocar. Mas foi preciso ver meu mundo se perder para que as palavras emergissem. E elas explodem como minas escondidas. É preciso pisá-las, pressioná-las. E muitas vezes não sabemos exatamente onde elas estão. Surpreendo-me. Pisam-nas. Elas explodem. E com elas tantos sentimentos, tantas palavras, que não consigo calar. Mas quem vai me ouvir então? Se agora que eu canto não há mais ninguém? Eu nunca quis te machucar. Não fui eu quem escreveu este final. E se me perguntar, eu não saberei dizer quem foi. Não saberei por quê. (...) Volta? Eu ainda sou quem trouxe aquela flor. Faz-me lembrar do que sou, do que posso ser. Se me disser que ainda somos dois. Que seu coração ainda é meu. Vou voltar pra dizer que nosso sonho não morreu.”
               “Eu te amo” explica tudo. Desculpe-me por ter sido incapaz de escrever tanto. Os sentimentos são tantos que lhes faltam palavras para traduzi-los. 

26 de out. de 2012

Era tão, mas tão...

     Era tão belo. Tão belos eram seus olhos ao amanhecer, juntamente com o seu sorriso. Tão belo era seu jeito de me tratar feito princesa e você, príncipe dos maiores castelos medievais. Tão belo era seu jeito carinhoso de ser você mesmo ao me chamar para dançar e, no meio da magia da valsa, entregar-me uma rosa. Tão belo era seu olhar ao observar-me entre tantas pessoas. Tão belas eram suas roupas ao vestir-se para mim quando saíamos para jantar, quando íamos à praça ou até mesmo quando ficávamos debaixo das cobertas.
     Tão aconchegante eram seus braços e abraços no meio de um choro, do frio noturno e de um socorro. Tão diferentes eram seus beijos, ora calmos como um chuvisco que cai em nossos rostos, ora quente como o sangue em nossas veias. Por coincidência, é o mesmo sangue que faz os nossos corações baterem, mas o meu... não importa que sangue seja, ele bate por você.
     Tão gostosas eram as manhãs, as tardes e as noites. Tão delicioso era sentir saudade e poder matá-la.

                 Tão surreal era ter você.

7 de out. de 2012

Paciência.

     Se a vida é dia após dia e nós vivemos em constante metamorfose, quem de nós poderá julgar o certo e o errado? Cada um tem seu tempo de ser o que desejar, de alcançar e se realizar. Cada tal como si, precisa de seu tempo único e precioso para que seu corpo e sua mente ajam conforme a imensidão diária. Se meu tempo é o agora e o seu o amanhã, o que fazer das escolhas? Assim existe a compreensão.
     Dois que se querem com intensidade, mas são obrigados a seguir a escada da vida. Só chega ao topo quem sobre degrau por degrau. Não no ato de subir apenas, mas de que vale chegar no pico e não ter nada a declarar ao olhar para trás? Por isso, degrau por degrau, tempo a tempo, passo a passo. A hora chegará e, tenha certeza, será a melhor de todas. Sim, vai ter valido a pena esperar.

5 de mai. de 2012

#006

     Vamos deitar, meu amor. Vamos deitar-nos no gramado imenso. Deitarei em seu peito, deixe que eu faça carinho em você. Deixe que eu ouça as batidas de seu coração. Vamos observar as estrelas. Vamos observar o movimento da Terra.
     Fecharei, então, meus olhos. Ao som da batida do seu coração, adormecerei. Não há nada mais confortável do que dormir nos braços de quem amamos. 
     A felicidade e a realização interior são maiores que qualquer coisa feita na vida. É a melhor das sensações. Poder estar com quem queremos, dormir, acordar. Ver o dia acabar e o novo chegar. Ver a evolução da Terra, da Lua e das estrelas.

4 de mai. de 2012

#005

     Eu quero poder te ver. É tudo que eu quero. Encontrar-te num lugar qualquer. Andarmos de mãos dadas, como se estivéssemos juntos há anos.
     "Até que você me abraça... todas as ocorrências ao redor perdem a dinâmica, a luz do sol se mistura com a dos seus olhos, todas as cores se fundem e tudo se resulta em um beijo. Um beijo demorado.
     Ele olha para ela, como se tivesse se realizado. Ela sorri timidamente. Ela, que lhe tasca outro beijo. Um beijo mais profundo, com vontade. Um beijo que faz o calor subir, faz os corpos se tornarem único.
     Ele a puxa e ela pula em seu colo. Como filme, seus rostos se aproximam e a vontade descontrolada domina-os. Foram beijos, mordidas, suspiros, puxões de cabelo, apertões.
     Ela, que, inocentemente, olha nos olhos dele e diz que o ama. Ele dá um sorriso, mas não retribui. Ela se sente insegura, não é para menos. Ele briga com ela, como se fosse dono da razão. Mas ela é forte e se mantém assim até o fim."
     Em casa era tudo a sós, dois corpos que se encontram e se ligam fortemente. Dois corpos como um. Outro lugar.
     Ah, o Parque! Belo seja aquele campo verde, o banco o chuvisco e nós dois juntos. Ah, bela seja a lembrança em preto e branco agora.

- Para as lembranças em preto e branco, sempre há uma restauração e recuperação de cores.