23 de jun. de 2013

Os dois lados

     Entrelinhas eu me perco. Eu observo, de longe, o que há entre as pessoas: seus sentimentos, olhares, agressões... E ai de mim se pudesse ler os pensamentos!
     Tanta loucura num mundo violento; tanta doçura num mundo insensível; tanta a dar a quem tem tudo; tanto a tirar a quem nada tem; tanto amor a quem amar não sabe; tanto sorriso a quem desperdiça dias.
     Tanta imaginação daqueles que, no auge da madrugada, com uma xícara de café, pautas jogadas e rabiscos de ideias inacabadas, se lembra de quem antes era e de quem está prestes a ser.
     Imaginação para quem é louco ou violento; doce ou sensível; para quem tem tudo ou nada tem; para quem tem amor ou não sabe o que isso é; para quem sorri ou se recua. Imaginação para quem quer que seja, pois não há nada melhor que imaginar.
     É como sonhar acordado. Um sonho que se sonha todos os dias. Um sonho que se almeja a cada esquina. Um sonho que se luta a cada amanhecer. Um sonho que se imagina a cada crepúsculo. Uma imaginação que tem tudo e não tem nada.

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