Ah, se soubesse, o quão maravilhoso você é. Entre aventuras
e riscos, no fundo uma saída me dizia ser você. Você. Faltam-me palavras, são
tantos sentimentos... amor, amor, amor, amor, amor e mais amor. Um pouco de ciúmes,
de angústia, de querer cuidar, de querer ser sua e você só meu. Um pouco de
harmonia entre palavras, de carinho entre os beijos, de calor no amor... e de
amor no calor.
Não importa
quanto tempo, um segundo, uma semana, um mês ou um ano. Tudo vai continuar
assim, da maneira como você deixou ao partir. Aliás, porque partiu? Partiu por
medo? Partiu por não me querer? Partiu por não ser mais você? Há tantos por quês
que falta tinta para registrar. Entre tantos por quês que me fez também querer
partir e que hoje te levou, um deles nos faz querer ficar. E esse devia ser o
maior de todos. O amor.
O amor vai
muito além do que pensamos, além do que sentimos. Vai além do que queremos ser
e do que sonhamos ter. E você começa a perceber a cada dia que lhe falta um
pedaço, falta aquela que deixou partiu. Falta aquela pessoa que partiu para
sempre. Para sempre? Nada é para sempre.
Ainda há
muitos anos pela frente para que dois olhos se cruzem numa rua qualquer e se
reconheçam. Tempo de sobra para esperar a volta, para olhar a Lua e observar
seus buracos, olhar as estrelas e ver seus brilhos, olhar para o lado e ver seu
lugar. Mas temos tanto tempo a perder?
Como diria
Lenine, “a vida é tão rara”. E é. E mais do que a vida, é viver e amar. Eu
poderia omitir o que sinto, deixar que o tempo trouxesse a cura da ferida incurável,
mas não vale a pena. Melhor cair de cabeça e saber que não era para ter sido a
esperar e ter perdido. Em hipótese
alguma minta para si, essa é a mais perigosa das mentiras.
Afinal, “so take a look at me now, ‘cause has
just an empty space and there’s nothing left here to remind me, just the memory
of your face. (…) I wish I could just make you turn around, turn around to see
me cry. There’s so much I need to say to you, so many reasons why you’re the
only one who really knew me at all.” E, além disso, uma letra desta
banda, Cluster, http://letras.mus.br/cluster/1106942/.
Como diria também o Federico
Moccia, “Uma casa grande demais para um amor talvez ainda muito pequeno. Ele
com uma flor. Só uma, ele explica, assim ele é único e não está perdido em um
maço onde se confunde”. Isso traduziria o quão único, o quão importante e
especial você é. Um tanto quanto único para mim. “A cada dia você deve merecê-lo.
E dizê-lo. Dizer a ele. E compreender pelas respostas que talvez seja necessário
mudar”, mas mudar quem te conquistou um dia? Quem você amou? Mudar quem eu sou?
Mudar cada detalhe em mim e não ser mais quem eu tenderia ser. E a mais pura
verdade, “porque, quando alguém que você deseja se vai, você tenta mantê-lo com
as mãos e espera assim prender também o seu coração.”
Diria então
o Bruno Atkinson, com suas belas palavras que por mim falam. “Eu preciso te
encontrar. Dizer que preciso de você. Pois por muito tempo esperei um motivo
que me fizesse escrever, enfim, sua canção. Esperei pra que meus versos soassem
bem. Pra que minha voz pudesse te tocar. Mas foi preciso ver meu mundo se
perder para que as palavras emergissem. E elas explodem como minas escondidas.
É preciso pisá-las, pressioná-las. E muitas vezes não sabemos exatamente onde
elas estão. Surpreendo-me. Pisam-nas. Elas explodem. E com elas tantos
sentimentos, tantas palavras, que não consigo calar. Mas quem vai me ouvir
então? Se agora que eu canto não há mais ninguém? Eu nunca quis te machucar. Não
fui eu quem escreveu este final. E se me perguntar, eu não saberei dizer quem
foi. Não saberei por quê. (...) Volta? Eu ainda sou quem trouxe aquela flor. Faz-me
lembrar do que sou, do que posso ser. Se me disser que ainda somos dois. Que
seu coração ainda é meu. Vou voltar pra dizer que nosso sonho não morreu.”
“Eu te amo” explica tudo.
Desculpe-me por ter sido incapaz de escrever tanto. Os sentimentos são tantos
que lhes faltam palavras para traduzi-los.
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