4 de mai. de 2012

#005

     Eu quero poder te ver. É tudo que eu quero. Encontrar-te num lugar qualquer. Andarmos de mãos dadas, como se estivéssemos juntos há anos.
     "Até que você me abraça... todas as ocorrências ao redor perdem a dinâmica, a luz do sol se mistura com a dos seus olhos, todas as cores se fundem e tudo se resulta em um beijo. Um beijo demorado.
     Ele olha para ela, como se tivesse se realizado. Ela sorri timidamente. Ela, que lhe tasca outro beijo. Um beijo mais profundo, com vontade. Um beijo que faz o calor subir, faz os corpos se tornarem único.
     Ele a puxa e ela pula em seu colo. Como filme, seus rostos se aproximam e a vontade descontrolada domina-os. Foram beijos, mordidas, suspiros, puxões de cabelo, apertões.
     Ela, que, inocentemente, olha nos olhos dele e diz que o ama. Ele dá um sorriso, mas não retribui. Ela se sente insegura, não é para menos. Ele briga com ela, como se fosse dono da razão. Mas ela é forte e se mantém assim até o fim."
     Em casa era tudo a sós, dois corpos que se encontram e se ligam fortemente. Dois corpos como um. Outro lugar.
     Ah, o Parque! Belo seja aquele campo verde, o banco o chuvisco e nós dois juntos. Ah, bela seja a lembrança em preto e branco agora.

- Para as lembranças em preto e branco, sempre há uma restauração e recuperação de cores.

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