3 de mai. de 2012

#004

     A gente aprendeu muito. Ainda aprendemos, aliás, cada dia mais.
     Aprendemos a nos olhar no espelho e a nos sentir melhor, só por saber que há alguém conosco. Aprendemos a ter motivos incansáveis que nos fazem ter coragem para levantar dia após dia, assim como também aprendemos a ter motivos que nos motivam a ficar o dia todo debaixo das cobertas.
     Aprendemos a olhar um ao outro de tal forma que um entende perfeitamente o que o outro quer dizer. Aprendemos a andar de mãos dadas e dar passos pequenos, ou então a abraçar-nos e correr. Aprendemos a ver a vida, a entendê-la.
     Aprendemos parte do que a vida tem a nos dar: desde seu imenso céu azul até a mais bela Lua cheia. Aprendemos a amar alguém como se fosse a última vez.
     Agora entendemos porque há o relógio. De nada adianta esperar que se complete o ciclo de braços cruzados: devemos lutar. Entendemos que na vida tudo passa... menos o amor. Ele não morre. Ele até pode ficar quietinho, mas, lá no fundo, numa noite fria, você confessará que sente falta do mais quente beijo ou do mais confortável abraço.
     Com os dias, passamos a entender não apenas que as coisas têm seus momentos certos, mas que as pessoas vivem ansiosas e apressadas, de tal forma que todo o prazer se perde. Não se perde porque um quis ou o outro provocou. Se perde pelo ato de se perder, simplesmente isso. Se perde porque era seu momento. Mas, tudo que é perdido, um dia é achado por alguém.
     Aprendemos a dar valor aos pequenos momentos, desde um beijo até a uma palavra, um abraço. Aprendemos o quanto se vale a oportunidade de estar com quem queremos. Aprendemos que chances são poucas e essas não devem ser jogadas fora. Devemos aproveitá-las como se fosse a última vez. Devemos amar como se fosse a última vez... entregar-nos à vida e deixar que o relógio rode.
     Os momentos ruins deixemos que o tempo cure, apague e leve. Os bons, deixemos que o tempo nos mostre o momento certo, mas, podemos apressá-lo um pouco para aproveitarmos ao máximo.

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